esta cidade sem alma
de homens de ventos sofrendo inocentemente
da violencia cotidiana na nossa sala de estar
do onibus que nunca passa no horario esperado
A grama crescendo nas praças esquecidas
as pessoas esfomeadas a procura do pão duro
jogados nas lixeiras do mercados
o vento construindo o tempo aleatorio
os jovens morrendo aos poucos sem saber por quê?
a lama dos esgotos poluindo as praias mortas
o frio das madrugadas nos estomagos vazios
é a fome universal matando a todos nós
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